Mecanismos de mercado de carbono disponíveis para o segmento rural mato-grossense

Autores

  • Sirlene Gomes Pessoa
  • Regina Célia de Carvalho
  • Benedito Dias Pereira

Palavras-chave:

mecanismos de mercado, comercialização de CER, créditos de carbono

Resumo

Para a elaboração deste artigo, fez-se o levantamento dos dados existentes acerca do sistema de elaboração e registro de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), bem como a identificação dos mecanismos de mercado existentes para a comercialização de créditos de carbono, possibilitando avaliar o comportamento do produtor rural mato-grossense nesse mercado. A metodologia utilizada foi a análise de dados secundários, caracterizando a legislação internacional e nacional que rege o MDL. Identificaram-se mecanismos, como fundos e bolsas, que financiam e comercializam créditos de carbono. Constatou-se que o mercado está constituído pela oferta e a demanda de créditos de redução de emissões, bem como pela oferta e a demanda de permissão de emissões. Identificou-se que, mundialmente, pouco mais de 2.000 projetos tramitam no Conselho Executivo do MDL/ONU, sendo apenas um proveniente de Florestamento/Reflorestamento. Deste total, 226 são brasileiros, sendo do estado de Mato Grosso 9% desse montante. Concluiu-se que o segmento rural deste estado tem participação tímida no mercado de carbono de fontes não florestais, devido ao elevado custo de elaboração, implementação e monitoramento de projetos de MDL. Existe um mercado conjectural para os créditos florestais, em função da complexidade das normas, exigências e metodologias impostas pelo Protocolo de Kyoto, bem como a ausência de políticas favoráveis à concretização do mercado.

Publicado

2011-04-06

Como Citar

PESSOA, S. G.; DE CARVALHO, R. C.; PEREIRA, B. D. Mecanismos de mercado de carbono disponíveis para o segmento rural mato-grossense. Organizações Rurais & Agroindustriais, [S. l.], v. 10, n. 1, 2011. Disponível em: https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/95. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos