Comércio justo internacional: o caso do suco de laranja entre o Brasil e a França

Autores

  • Melise Dantas Machado Universidade Federal de São Carlos
  • Luiz Fernando Paulillo Universidade Federal de São Carlos
  • Annie Lambert Ecole Nationale d’Ingénieurs dês Techiniques dês Industries Agricoles et Alimentaires

Palavras-chave:

Custos de transação, estrutura de governança, redes, comércio justo, suco de laranja

Resumo

Este artigo realiza una análise inicial das estruturas de governança do comércio justo de suco de laranja entre o Brasil e a França. Para tanto, o comércio justo é visto como um campo organizacional composto por redes complexas de organizações que mantêm relações de dependência mútua e compartilham o mesmo sistema de valor. Como o comércio justo é um assunto pouco estudado e apresenta particularidades com relação ao mercado internacional convencional, viu-se mais apropriado o desenvolvimento de um estudo exploratório. Dados primários e secundários foram coletados. Considerando o caso do suco de laranja entre o Brasil e a França, duas redes comerciais foram identificadas. A rede integrada é constituída por atores especializados no comércio justo e a rede certificada inclui organizações comerciais mais convencionais, como os supermercados. Apesar de adotarem mecanismos de funcionamento diferentes, no caso do suco de laranja, os importadores da cadeia integrada optaram por fazer parte da rede certificada. Por esse motivo, atendem às exigências dessa última e seguem suas regras para importar o suco de laranja brasileiro. Após analisar as características intrínsecas do produto, as especificidades de ativo, a frequência e a incerteza das transações, a estrutura de governança observada foi o arranjo híbrido, no qual contratos de longo prazo são adotados para coordenar as relações.

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Publicado

2011-04-04

Como Citar

MACHADO, M. D.; PAULILLO, L. F.; LAMBERT, A. Comércio justo internacional: o caso do suco de laranja entre o Brasil e a França. Organizações Rurais & Agroindustriais, [S. l.], v. 10, n. 3, 2011. Disponível em: https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/73. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos