O MERCADO VITIVINÍCOLA E A REORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS NA REGIÃO DO LANGUEDOC, FRANÇA
Palavras-chave:
Indicações geográficas, Vinho, MercadoResumo
O artigo analisa um conjunto de transformações institucionais no mercado vitivinícola, sobretudo relacionadas aos sistemas de indicação geográfica. Argumenta-se que o contexto atual tem implicado uma reformulação radical do mercado, cujo elemento catalisador passa pelo reposicionamento dos atores líderes e, em especial, pelo surgimento de novas convenções qualitativas. A emergência destas convenções vem desafiando instituições basilares e colocando em xeque hierarquias e classificações que se estabeleceram ao longo de décadas. Gradativamente, a própria contraposição entre “novo” e “velho” mundo vitivinícola perde potencial analítico. As regiões vitivinícolas estão criando modelos compósitos de produção que conciliam padronização tecnológica e valorização dos recursos específicos do terroir. Assim, ao mesmo tempo em que o Novo Mundo se apropria do conceito europeu de indicações geográficas, este é redesenhado para ajustar-se a novos princípios. A partir de um estudo de caso realizado em 2010 na região do Languedoc (sul da França)1, mostramos que, em vez de contraporem-se a eles, as indicações geográficas passaram a incorporar princípios qualitativos característicos do Novo Mundo e dos chamados “vinhos tecnológicos”.Downloads
Publicado
2012-09-05
Como Citar
NIEDERLE, P. A. O MERCADO VITIVINÍCOLA E A REORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS NA REGIÃO DO LANGUEDOC, FRANÇA. Organizações Rurais & Agroindustriais, [S. l.], v. 14, n. 2, 2012. Disponível em: https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/505. Acesso em: 25 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos