GÊNESE, MODERNIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO DO COMPLEXO AGROINDUSTRIAL LÁCTEO BRASILEIRO

Autores

  • Jeovan de Carvalho Figueiredo Universidade Federal de São Carlos
  • Luiz Fernando Paulillo Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

políticas setoriais, agroindústria, leite, organização industrial

Resumo

Durante o período compreendido entre 1945 e 1991, o setor lácteo foi regulado pelo Estado. O tabelamento de preços imposto pelo governo, praticado muitas vezes com o objetivo de facilitar os ajustes na economia, deixou graves seqüelas logo após o fim da intervenção. Crises cíclicas de preços e baixo nível de esforços de diferenciação do produto são alguns exemplos verificados no período pós-intervenção. Procurou-se, neste estudo, compreender o processo que delineou a conformação da estrutura institucional vigente neste complexo, as causas de sua manutenção e as tendências imediatas que podem ser vislumbradas no curto e médio prazo. É evidenciada a ausência de políticas públicas orientadas para dar conta das incoerências divisadas no complexo lácteo, que decorrem, em grande medida, da perda deliberada do poder de regulação por parte do Estado e pela orientação liberal assumida no final da década de 80. Com o fim da regulação estatal, emergiram novos mecanismos de apoio e financiamento, que não passam diretamente pelos atores estatais. Novas bacias leiteiras fortaleceram-se na fronteira agropecuária. Mas a dinâmica da reestruturação produtiva ainda não terminou. Uma nova fase pode estar dando lugar a anterior e os atores do complexo agroindustrial lácteo, mais uma vez, deverão buscar soluções para as situações de incerteza e mudança, decorrentes da busca de maior competitividade e profissionalização, que cada vez mais urgem como vitais para a permanência desses atores na atividade produtiva formal.

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Publicado

2011-04-18

Como Citar

FIGUEIREDO, J. de C.; PAULILLO, L. F. GÊNESE, MODERNIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO DO COMPLEXO AGROINDUSTRIAL LÁCTEO BRASILEIRO. Organizações Rurais & Agroindustriais, [S. l.], v. 7, n. 2, 2011. Disponível em: https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/198. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos