A DESIGUALDADE SALARIAL NO SETOR FLORESTAL BRASILEIRO
Palavras-chave:
Decomposição de Oaxaca-Blinder, Gênero, RaçaResumo
O setor florestal brasileiro gerou, em 2018, cerca de 3,8 milhões de empregos diretos e indiretos. Dada a importância do setor
para a economia brasileira, objetivou-se analisar a existência de discriminação salarial por gênero e raça/cor no setor no mercado
de trabalho, aplicando a metodologia de decomposição de Oaxaca-Blinder. Para a construção das variáveis, utilizaram-se dados secundários extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, do ano de 2015, e utilizou-se o programa de estatística Stata 14 para fazer as análises. Foram analisados os ramos agrícola e industrial, a fim de observar em qual deles existe maior discriminação salarial entre homens e mulheres, e entre brancos e não brancos. Observou-se que existem evidências de uma possível discriminação de gênero e de cor/raça no setor florestal brasileiro como um todo. No entanto, há evidências de que a diferença no retorno das características produtivas seja bem mais significativa na análise por gênero, principalmente no ramo industrial (169,6%). Na análise por raça/cor, o efeito característica se sobrepôs ao
efeito preço na explicação do diferencial total de rendimentos.